A tabela de colorimetria capilar se tornou muito comum nos salões de beleza atualmente. No entanto, ainda existem profissionais que não sabem exatamente do que se trata, tampouco entendem como usá-la no dia a dia.
Embora importante, não ter conhecimento sobre o tema não é um problema, mas a falta de vontade de se especializar pode trazer prejuízos graves em longo prazo. Afinal, a colorimetria, quando bem aplicada, faz maravilhas para o seu negócio, pois ajuda na capacitação na hora de tingir as madeixas da clientela e faz com que todos fiquem muito mais satisfeitos com os seus serviços, gerando indicações.
Pensando nisso, este post foi desenvolvido com o intuito de explicar a você o que é essa técnica e quais são os principais conceitos desse método. Você vai entender para que serve a altura de tom, o que é fundo de clareamento, qual é o objetivo do reflexo no cabelo e como usar a tabela de colorimetria.
Por fim, o material explica quais são as vantagens de apostar em colorimetria capilar no seu empreendimento, a exemplo do diferencial competitivo e de menos erros no processo de tintura. Tem curiosidade sobre o tema? Continue a leitura e tire as suas dúvidas!
O que é, exatamente, colorimetria capilar?
De forma geral, a colorimetria é o estudo das cores primárias. Tem como objetivo entender como elas se comportam e de que maneira podem ser combinadas para atingir determinado tom, temperatura, saturação, claridade, grau de matriz, entre outras características.
Em relação às técnicas capilares, a colorimetria revoluciona a coloração dos fios e proporciona um resultado estético incrível. Por esse motivo, esse estudo detalhado das cores deve ser aplicado no catálogo de serviços do seu salão de beleza.
Como a colorimetria capilar funciona?
Para que a colorimetria funcione, uma ferramenta popular é o chamado círculo cromático. Nele, é possível visualizar de forma clara o resultado da combinação de cores primárias, secundárias e terciárias.
O círculo permite entender a oposição das cores. Quando uma se opõe à outra, significa que elas se neutralizam. Por exemplo, se o roxo está oposto ao amarelo, quer dizer que um fio amarelado pode ser neutralizado com um pigmento roxo e vice-versa.
Qual a diferença entre as cores primárias, secundárias e terciárias?
Para conseguir entender a tabela de colorimetria, o primeiro passo é compreender a classificação das cores. Confira a seguir!
- Cores primárias: são aquelas fundamentais para a criação das outras tonalidades. Elas representam o azul, vermelho e amarelo. A soma das três (matiz) resulta na cor marrom;
- cores secundárias: são consideradas as cores complementares que são formadas por meio da combinação das três cores primárias. A sua representação é feita pelas cores laranja, verde e roxo. A junção do amarelo com o azul resulta no verde. Já o vermelho com o amarelo resulta do alaranjado e, ao se juntar o azul com o vermelho, temos a cor roxa;
- cores terciárias: são formadas por meio das misturas das cores secundárias e primárias. Já sua matiz consegue formar diversos tipos de combinações.
Como acontece a classificação das cores frias e quentes?
Na tabela de colorimetria, as cores frias são obtidas a partir dos tons azul, roxo, verde, cinza e violeta. Essas cores tendem a apresentar menos luminosidade. Dessa forma, costumam ser utilizadas para distanciar e diminuir formas, o que causa uma sensação de profundidade e amplitude.
Já as cores quentes são criadas a partir dos tons rosa, vermelho, amarelo, rosa, alaranjado, dourado, dourado e acobreado. Sua classificação é realizada conforme o nível de vibração e tende a ser utilizada para dar ideia de expansão de formas, o que leva a uma sensação de proximidade.
Como a colorimetria pode ser usada no dia a dia do salão?
Saber como a tabela de colorimetria pode ser usada no dia a dia é fundamental para atingir os resultados esperados. Pensando nisso, a seguir, listamos algumas orientações. Veja!
Teste de mechas
Apesar do mercado de tintas estar sempre com muitas novidades, é preciso ter cuidado na hora de usar a tabela de colorimetria. Isso porque usar as cores sem aplicar o teste de mecha pode ser perigoso, como no caso de reação alérgica. Além disso, a tonalidade das cores podem mudar de uma marca para outra, o que pode comprometer o resultado final.
Processo de neutralização
O processo de neutralização é importante para anular, por exemplo, o reflexo indesejado no cabelo. Essa etapa é realizada por meio da adição de um pigmento oposto a ele na tabela de colorimetria.
Combinações de tons
Antes de combinar os tons, é preciso tomar cuidado com a qualidade do produto. Você deve verificar se os itens estão dentro do prazo de validade, a fim de garantir que a tonalidade ficará bonita e atinja as expectativas dos clientes. Além disso, é preciso verificar, quais as condições das substâncias antes de aplicar o produto. Assim, não terá surpresas desagradáveis durante o procedimento.
Identificação das cores naturais
Saber a numeração de cada cor da tabela de colorimetria é essencial para garantir o efeito desejado. Com essa informação, poderá calcular os tons que devem ser aplicados nos cabelos da clientela. Mas tome cuidado para que a divisão dos tons seja realizada conforme a quantidade de cores misturadas, assim, o resultado obtido será o esperado.
Para que serve a altura de tom?
Ao se aprofundar no estudo das cores, surge mais um conceito: a altura de tom. Ela serve para que possamos identificar qual é o tom presente nos fios antes da aplicação de uma coloração. Essa tonalidade, por sua vez, pode ser natural ou obtida por meio de tinturas aplicadas anteriormente nas madeixas.
Para quem precisa saber a altura do tom, existe uma espécie de tabela universal, detalhada a seguir, que ajuda a identificar esse aspecto nas mechas. Essa classificação aparece nas caixinhas de tintura, por exemplo, indicando a altura de tom e sua respectiva cor nas embalagens de produtos capilares.
- 1.0: preto;
- 2.0: castanho muito escuro;
- 3.0: castanho escuro;
- 4.0: castanho;
- 5.0: castanho claro;
- 6.0: louro escuro;
- 7.0: louro;
- 8.0: louro claro;
- 9.0: louro muito claro;
- 10.0: louro claríssimo;
- 11.0: louro superclaríssimo;
- 12.0: louro extra claro.
Conhecer o tom no qual o cabelo de seu cliente se encontra é essencial antes da coloração. Se o cabelo está na altura de um 2.0 e a pessoa desejar chegar em um tom 9.0, alguns procedimentos extras deverão ser feitos, além da aplicação da coloração, como uma descoloração ou o uso de uma tinta superclareadora.
Além da altura de tom, é necessário conhecer outro conceito da colorimetria capilar: o fundo de clareamento!
O que é o fundo de clareamento?
Em resposta à pergunta, o fundo de clareamento é basicamente o tom que o cabelo vai atingir quando exposto aos clareadores. Nesse sentido, todo fio tem um pigmento de fundo, que só aparece quando ele é clareado.
Essa característica muda em cada pessoa, o que influencia diretamente o resultado dos tratamentos capilares. Um fio louro escuro, por exemplo, tende a ficar alaranjado quando exposto ao clareamento. Veja:
- 1.0: preto a vermelho;
- 2.0: castanho muito escuro a vermelho;
- 3.0: castanho escuro a vermelho;
- 4.0: castanho a vermelho;
- 5.0: castanho claro a vermelho alaranjado;
- 6.0: louro escuro a alaranjado;
- 7.0: louro a alaranjado amarelo;
- 8.0: louro claro a amarelo;
- 9.0: louro muito claro a amarelo-claro;
- 10.0: louro claríssimo a amarelo muito claro;
- 11.0: louro superclaríssimo a amarelo muito claro;
- 12.0: louro extra claro a amarelo muito claro.
Esse tipo de conhecimento é fundamental para qualquer profissional que lida com cabelos. Afinal, nos dá uma ideia do que pode acontecer com procedimentos como a coloração e ajuda a prever quais serão os resultados e quais produtos utilizar nas próximas etapas.
Entendendo o conceito de fundo de clareamento, fica mais fácil conhecer a função dos reflexos em um tratamento capilar, tema do próximo tópico.
Para que servem os reflexos?
É possível analisar mais um tom presente nos fios: os reflexos. Essas nuances se misturam à cor de base dos cabelos e, geralmente, são mais visíveis quando iluminadas pelo sol.
Os reflexos são definidos como o segundo número que aparece após o ponto, na numeração específica da altura e do tom, como mostram estes exemplos:
- 0: indica a ausência de nuances e reflexos;
- 1: acinzentado ou azul;
- 2: irisado ou violeta;
- 3: dourado;
- 4: acobreado;
- 5: acaju;
- 6: vermelho;
- 7: marrom ou chocolate;
- 8: verde ou mate.
Em outras palavras, os reflexos servem para dar o “tom” do cabelo. Por exemplo, cabelos ruivos acobreados, com um tom bem próximo ao natural, são, em sua essência, loiros. Eles estão nas alturas 6.0, 7.0, 8.0 ou até 9.0.
O que faz com que eles sejam ruivos e não loiros são os reflexos. É por isso que as tinturas ruivas normalmente trazem numerações terminadas em .4, .44 ou .34. Esses são, claro, apenas alguns exemplos para ilustrar como a colorimetria funciona na prática.
A colorimetria capilar, portanto, requer um minucioso trabalho de combinação de cores e reflexos, deixando o visual do cabelo tingido mais natural quando exposto à luz solar.
Como é feito o estudo da colorimetria?
O estudo da colorimetria é feito a partir de conceitos básicos e teóricos, como os que vimos nos últimos tópicos. Mas não para por aí: também há ferramentas mais práticas que são utilizadas para que possamos compreender esse tema.
A mais importante é, sem dúvidas, a Estrela de Oswald, também conhecida como círculo cromático ou tabela de colorimetria. Essa é uma ferramenta que nos mostra as cores que se complementam, se anulam e que são da mesma família.
Entender esse gráfico é fundamental para quem quer fazer boas colorações. Observando a estrela, é possível entender quais cores de reflexos são usadas para deixar certas características mais suaves ou marcantes, para apagar possíveis manchas na coloração etc.
Como fazer um bom diagnóstico da colorimetria?
Outro ponto que deve ser entendido de forma precisa são as dicas para que se faça um bom diagnóstico de colorimetria. A seguir, selecionamos os principais pontos para que você se torne um profissional cada vez mais requisitado no mercado.
Estude as características de cada pigmento
Antes de mais nada, é importante entender quais são as características de cada pigmento. Avaliar a cor natural do cabelo, quais são as suas características (se ele está ressecado ou muito oleoso, por exemplo), qual é a espessura e como é o couro cabeludo são apenas algumas das análises que devem ser feitas.
Também é preciso conhecer os subtipos de melanina. Trata-se da eumelanina e da feomelanina. A eumelanina vai apresentar tons mais frios, enquanto a feomelanina os tons mais quentes. Além desse entendimento, é importante ficar por dentro das características de cada pigmento.
A eumelanina conta com pigmentos grandes aglomerados. É encontrada basicamente em cabelos que apresentam tonalidade mais escura. Ou seja, passeando entre o castanho e o preto. Enquanto isso, a feomelanina é formada por pigmentos mais espalhados e menores. Normalmente, é encontrada em cabelos com nuances mais claras.
Entenda sobre visagismo
Já ouviu falar no visagismo? Trata-se de uma técnica em que o profissional vai identificar quais são as características de cada pessoa para escolher os melhores procedimentos. É comum que um cliente chegue ao salão com um corte de cabelo que viu em alguma mídia (revistas ou TV) e não saia satisfeito com o resultado. Isso acontece porque cada pessoa conta com particularidades distintas.
Aspectos comportamentais, o traço do rosto, a forma como a pessoa se comporta. Tudo isso influencia na escolha dos melhores procedimentos. Inclusive, a melhor coloração também entra nesses aspectos. Um ruivo nem sempre vai agradar a pessoas distintas que tenham o mesmo tom de pele, uma vez que outros tópicos vão influenciar.
Sabemos que cada pessoa escolhe a cor que deseja. O seu papel enquanto profissional é orientar. Caso a pessoa aceite essa orientação, as chances de ela sair satisfeita aumentam consideravelmente, o que melhora a sua autoridade no mercado.
Saiba sobre o tratamento do cabelo
O profissional precisa estar ciente de que, antes da coloração, é preciso realizar um tratamento no cabelo, principalmente nos porosos. Trata-se do cabelo que está com as cutículas mais abertas, o que faz com que tenha um aspecto manchado. Por essa razão, o cabeleireiro vai precisar recuperar o equilíbrio do brilho e realizar a selagem da cutícula por meio da cauterização antes da pintura.
Combine teoria com prática
Independentemente da técnica utilizada, é importante combinar teoria com prática. Nem sempre o que você aprendeu enquanto teoria vai dar certo para determinado cliente. Afinal, há diversos aspectos que influenciam no sucesso de um procedimento.
Nesse sentido, é importante que você, enquanto profissional, saiba identificar quais são os métodos que melhor se encaixam em cada situação, de modo que aperfeiçoe constantemente o seu trabalho.
Novamente, estamos nos referindo a um tipo de estratégia que o torna cada vez mais bem-visto perante o mercado, melhorando seus resultados.
Quais são as principais vantagens do uso da colorimetria no salão?
Até aqui, você já entendeu alguns conceitos básicos que fundamentam a colorimetria capilar, mas deve estar se perguntando por que aplicá-la no seu salão, certo? Para responder a essa pergunta, listamos as principais vantagens de incluir essa técnica nos seus serviços, tornando-se autoridade no assunto e se diferenciando da concorrência.
Diferencial competitivo
O primeiro benefício de oferecer a colorimetria capilar no seu salão tem a ver com o diferencial competitivo que a técnica traz a você. Com uma equipe especializada nesse estudo, a empresa consegue agregar valor à marca, ampliando a oferta de serviços e, possivelmente, atingindo um número maior de clientes.
Posicionamento de autoridade no assunto
O item anterior nos traz a este, pois o diferencial competitivo de uma empresa depende, também, do desempenho profissional da equipe ao dominar as técnicas oferecidas para a clientela. Dessa forma, investir em funcionários competentes, que realizaram cursos em colorimetria capilar, por exemplo, melhorará o posicionamento de autoridade do salão diante da concorrência.
Redução de erros no processo de tintura
A colorimetria estuda a fundo a combinação harmônica entre cores, o que reduz, consideravelmente, a possibilidade de erros durante o processo de tintura. Essa é uma qualidade e tanto para os salões que investem na técnica, aumentando, também, a segurança do cliente ao optar por um visual tingido — e, o melhor, com aspecto natural.
Erros podem acontecer, claro. Porém, esse tipo de situação impacta o relacionamento com o cliente, o que pode provocar a insatisfação daquela pessoa e até mesmo a possibilidade de ela migrar para a concorrência.
Equilíbrio da cor do cabelo com outras características
Com profissionais que entendam de colorimetria capilar, é possível oferecer uma assessoria para que o cliente saiba combinar, perfeitamente, as suas características com a coloração dos fios. Dessa forma, é possível priorizar aspectos como a cor dos olhos, a tonalidade da pele e a aparência da sobrancelha, harmonizando essas características com o visual das madeixas.
Aumento da satisfação da clientela
Muitas vezes, é difícil encontrar um profissional que saiba fazer uma coloração de qualidade. Utilizar bons produtos é parte do processo, mas os conhecimentos sobre a colorimetria também melhoram muito o resultado final, algo que se torna imprescindível para que todos se sintam devidamente satisfeitos.
Ampliação das recomendações a futuros clientes
Com mais satisfação, uma consequência é certa: há muito mais recomendações! Cabelos bonitos chamam a atenção, e é natural que as pessoas conversem sobre os locais em que fizeram as madeixas. Assim, seu salão terá muito mais indicações positivas, algo que aumenta bastante a captação e a fidelização de sua cartela de clientes.
Otimização de seu posicionamento no mercado e, consequentemente, mais lucros
Tudo isso gera muito mais lucro para o seu negócio, fazendo com que você possa não apenas viver mais confortavelmente, mas também realizar investimentos de longo prazo em seu negócio. Assim, é gerada uma reação em cadeia que traz ótimas perspectivas para o seu empreendimento, fazendo com que ele se torne uma grande referência em sua região de atuação.
Como implementar a colorimetria no salão?
Você deve estar se perguntando, agora, como implementar a colorimetria na sua empresa, certo? Em primeiro lugar, é importante saber que o estudo das cores não é algo simples e que entender essa dinâmica e aplicá-la de forma eficiente exige especialização e dedicação do profissional.
Assim, a melhor maneira de implementar a colorimetria em um salão de beleza é entender mais sobre o assunto, investindo em cursos aprofundados nessa área e contratar profissionais que já dominam bem a técnica e possam orientar outras pessoas da equipe nesse novo serviço.
Embora implementar a tabela de colorimetria capilar possa ser trabalhoso no início, é muito importante aumentar o leque de opções dentro de um salão de beleza, principalmente, quando o serviço tem destaque no mercado. Neste post, você descobriu por que essa é uma maneira de se manter competitivo, atrair a atenção de novos clientes e valorizar o nome da sua marca no segmento.
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